sábado, 17 de março de 2012

O Carniceiro

Era Noite, e uma mulher dirigia apressada na direção de sua casa
Ela e seu marido haviam se mudado para uma casa longe de tudo, onde poderiam finalmente viver em paz
Ele havia ido pescar, e deixara mulher ir fazer compras, e agora já era noite e ela voltava apertada para sua casa
O carro foi estacionado de um jeito errado, mas a mulher não ligava, e deixando o rádio ligado, num volume alto, abriu a porta e correu na direção de casa
Ao entrar apressada, nem percebeu que a porta estava destrancada e entreaberta, então, correu na direção do banheiro
o corredor para o toalete passava pela cozinha, e ao chegar a alguns metros de distancia da porta, ela sentiu que havia algo de errado
Um cheiro podre invadia a casa, e um barulho de faca cortando algo ressoava pelos ouvidos dela
Um assovio forte vinha da cozinha, o que fez com que a mulher ficasse mais assustada ainda
´´ meu marido era açougueiro, mas ele está pescando agora... ``
ela andou lentamente na direção da porta entreaberta da cozinha, vendo um faixo de luz passar pela porta
Vendo pela abertura, ela viu um homem grande e peludo, molhado de suor, e com as camisas coladas sobre a pele
Ele assoviava cortando com um facão algo em cima da mesa de pedra da cozinha, mas a mulher não pode ver seu rosto, pois ele estava de costas para ela
Lentamente, ela tentou dar alguns passos para trás, mas já era tarde
- Você não pensa que eu não te ouvi chegando, não? - disse o homem com uma voz forte e áspera, a pior voz que a mulher ouvira - o radio ligado a denunciou, e seus passos mostraram onde você estava
A mulher aterrorizada se virou e tentou correr na direção da saída, mas o homem foi mais rápido, e a segurou pelos cabelos, fazendo a mulher sentir uma forte dor
Seu rosto agora estava voltado para ela
Era deformado, e cheio de cicatrizes, revelando uma fúria fora do comum
E sem poder se defender, a mulher sentiu algo bater forte na sua cabeça e ela desmaiou

Lentamente seus olhos foram se abrindo, e ela se viu sentada no porão de sua casa, presa a uma cadeira de madeira e algo mutilado a sua frente
Era o que o homem havia cortado, e a mulher teve que aceitar a verdade
´´ Meu marido...``
Algo pingava sobre o coro cabeludo da mulher, e ela, sem aguentar, se deixou desmaiar de novo, dessa vez, eternamente.

No dia seguinte, um grupo de policiais entrou na casa, e ao revistar o porão dela, encontraram um casal mutilado sentados a uma cadeira
O homem estava totalmente ensanguentado, com um braço tacado ao lado do sofá, e com as tripas saltando para fora do estomago
A mulher estava presa por cordas a uma cadeira de madeira, com uma parte do cabelo faltando, e no lugar dele, um cano de pia, que fazia gotas pingarem sobre seu cranio
O assassino nunca foi encontrado.

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